O
colaborador sugere uma nova idéia para a organização. Em pouco tempo, percebe
que o projeto foi executado, mas os “créditos” foram para um colega. Ao notar
que teve sua idéia “roubada”, ele tem o desafio de descobrir qual o melhor
caminho para seguir: contar ou não ao chefe imediato?
A
conselheira da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) Ana Karla
Cantarelli acredita que um gestor que acompanhe de perto a equipe, consegue
identificar quando a idéia de um funcionário é “apropriada” por outro. “Um
chefe presente funciona de forma muito semelhante a um professor, percebendo
quando as respostas de um aluno na prova não condizem com o seu perfil”,
exemplifica.
No caso
de empresas maiores, onde o contato entre o chefe e o funcionário não é tão
direto, o primeiro deve ser informado sobre o que está se passando. “Nessas
companhias com maior número de colaboradores, é muito difícil o gestor enxergar
tudo o que está ocorrendo”, ressalva Cantarelli. Nesses casos, a melhor solução
é que a “vítima” comunique ao superior.
Segundo a
conselheira da ABRH explica, no entanto, que não existe um manual de como deve
agir em um caso desses. “Só uma coisa é certa: tem que haver diálogo. O que vai
ser feito depois disso, depende do entendimento do chefe e da empresa”,
observa. Mas uma conversa é mesmo necessária. “Um ‘roubo’ de ideia pode significar
duas coisas: imaturidade, de quem foi vítima - já que não soube guardar sua
ideia para as pessoas ‘certas’ e insegurança por parte de quem praticou isso,
que, certamente, achou que não teria capacidade de ter uma boa ideia sozinho”,
observa.
Ainda de acordo
com Ana Karla, é mais comum esse tipo de situação ocorrer em profissões que
lidam diretamente com metas e criatividade. “Quando o projeto é o meio de se
sustentar na profissão, pode acontecer de ter gente se aproveitando”, comenta.
É desse caso que o publicitário e radialista Sérgio França acredita ter sido
vítima. Ele passou por dois tipos de ocorrências: acredita que a ideia foi
“copiada” por uma outra agência de publicidade e também por um ex-colaborador
da empresa. “Imagine a situação de sugerir um projeto em uma reunião de pauta e
de repente perceber a sua campanha sendo executada por outra pessoa, sem que
você receba nem o crédito”, reclama.
Isso pode
ser reflexo de uma estrutura de empresa que estimula a competição interna, de
acordo com Ana Karla Cantarelli. “Muitas organizações, acabam, ainda que sem
querer, estimulando este tipo de atitude, que fere a ética e a postura esperada
de um profissional”, observa. Na área de gestão, uma das soluções a longo
prazo, apontadas pela especialista, é motivar a cooperação entre funcionários.
Fonte: www.folhape.com.br
Ao notar que teve sua idéia “roubada”, ele tem o desafio de descobrir qual o melhor caminho para seguir: contar ou não ao chefe imediato?
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