27 de maio de 2011

A entrevista por telefone

Quando você menos espera, o telefone toca. Pode ser em casa ou no escritório, do outro lado da linha há alguém querendo saber mais da sua carreira, do conhecimento que você tem e de quanto gostaria de ganhar em um novo emprego. Como estar preparado para causar uma boa impressão neste primeiro contato?

Normalmente, entrevistas por telefone são feitas como uma primeira triagem, que já eliminam os candidatos que não têm os requisitos básicos e tiram do páreo aqueles profissionais que, por algum motivo, não estão interessados em trabalhar naquela empresa ou naquele setor, ou mesmo já estão trabalhando. Para fazer a entrevista são necessárias algumas providências, que possibilitem que você possa falar com calma e sem medo de ser descoberto. Se você está no trabalho, tenha certeza de que não será incomodado pela secretária ou pelo chefe. Deixe para falar com o selecionador na hora do almoço, por exemplo, sem ninguém no escritório, ou mesmo agende a entrevista para outro local e horário. Caso você esteja em casa, atenda a ligação em um local tranqüilo e longe das crianças, do cachorro e de outras pessoas ou coisas que podem tirar sua atenção.
De acordo com Alessandra Olinger, analista de Recursos Humanos da Pró Recursos Humanos, a entrevista por telefone tem a função de confirmar três questões principais. "Primeiro vejo se a pessoa tem interesse em ocupar a vaga; depois confirmo o perfil do profissional, para ver se ele apresenta realmente tudo o que fala no currículo e se pode ocupar o cargo; e então vou querer saber porque ele saiu ou quer sair da empresa. Claro, ao longo da conversa já analiso se ele tem uma comunicação adequada, sabe falar corretamente e ainda se ele apresenta erros de português. Não que sejam pontos eliminatórios, mas uma pessoa que sabe se expressar certamente tem vantagens sobre a que não sabe", explica ela.

Planejamento 
É ideal você se planejar para a hora da entrevista. Tenha sempre em mãos o seu currículo e uma lista de competências e histórias de sucesso que pode ser interessante ressaltar durante a conversa. Relacione ainda uma lista de questões que você precisa perguntar para o selecionador, como faixa salarial, tipos de benefícios, informações sobre produtos e serviços que a companhia oferece etc. Claro, isso não quer dizer que você não deve ir atrás de informações sobre a empresa, pelo contrário. O melhor é você se informar bastante antes e deixar para perguntar somente o que não ficou claro, até porque normalmente os recrutadores não têm tempo para se alongar muito nas conversas.
Para obter um bom desempenho neste primeiro contato, antes de tudo você precisa estar preparado para ouvir o que a pessoa que está do outro lado da linha tem a dizer. "Pode parecer óbvio, mas muitas pessoas ficam tão ansiosas que não conseguem ou nem querem ouvir o que o selecionador tem a dizer, e é fundamental saber o que ele tem para te oferecer antes de dizer sim ou não", assegura Dario Guimarães, consultor em Recrutamento e Seleção da AcrossRH, consultoria especializada em gestão de carreiras.
Além disso, confira outras dicas de Dario para manter uma postura estável diante do selecionador e não ser ansioso ou ríspido demais:
  • Antes de tudo, reserve bastante tempo para a entrevista. A conversa pode ir de 20 minutos até uma hora, dependendo do cargo, da sua posição e do nível de detalhamento que a profissão exige;
  • Tente controlar a ansiedade e não omita nada sobre a sua trajetória profissional;
  • Esteja preparado para responder questões pessoais, como por exemplo "O que você costuma fazer no seu tempo livre?", "Você gosta de ler? Que tipo de livro você mais aprecia?", entre outras perguntas que podem definir um pouco da sua personalidade .
Na hora H 
Veja a entrevista por telefone com a mesma seriedade que você faria uma entrevista com a pessoa, pois normalmente ela é eliminatória e pode tirar você do processo. O melhor é ficar de pé durante a entrevista, sua voz fica melhor e mais fluente. Fale de maneira clara e evite usar gírias. Também evite fazer muito "hum-hum", é um sinal de que você não sabe se expressar muito bem ou não tem argumentos, seja para concordar ou discordar.
Confira as dicas da analista em RH Alessandra Olinger sobre o que NÃO fazer na hora da entrevista:
  • Se você tem um compromisso marcado ou está muito ocupado e não pode falar por muito tempo, o melhor é tentar remarcar para outro dia. Nada pior do que ser mal-educado ou grosseiro com o entrevistador;
  • Não fale mal de empregos e chefes anteriores, isso é imperdoável e demonstra falta de ética profissional;
  • Não gagueje e nem titubeie nas respostas. Fale a verdade, pois a empresa quase sempre averigua o seu passado profissional com as empresas que você já trabalhou;
  • Deixe os detalhes para serem esclarecidos na entrevista formal com o selecionador. Pergunte apenas questões básicas como benefícios, faixa salarial, atividades pelas quais você será responsável, etc.
O objetivo é conseguir marcar a entrevista decisiva no final da conversa, certo? Pois assuma esta postura pró-ativa ao longo da conversa. Descreva as contribuições que você pode dar para a empresa e, ao final da ligação, pergunte sobre quando será a próxima etapa do processo. Pode ser a oportunidade para o selecionador já aproveitar e agendar um horário com você. Boa sorte!

21 de maio de 2011

Brasil é 3º país com mais escassez de talentos no mundo, diz pesquisa

Das dez profissões mais difíceis para contratar no Brasil, seis são cargos técnicos; gente que tem ensino médio, não fez faculdade, mas tem habilidades específicas

A falta de profissionais em funções técnicas é um dos grandes problemas do mercado de trabalho. O outro, na opinião dos especialistas, é o fato de que funções técnicas não levam rápido aos postos de cima nas empresas.

Faz três meses que as aulas começaram em uma escola técnica. Eles nem precisaram esperar a formatura para arrumar emprego. No curso de rede de computação, 90% dos alunos já trabalham na área.

Situação semelhante à dos colegas, futuros técnicos em mecânica. Das dez profissões mais difíceis para contratar no Brasil, seis são cargos técnicos. Gente que tem ensino médio, não fez faculdade, mas tem habilidades específicas.

O Brasil precisa de muito mais técnicos do que consegue formar. Mas nem todos os jovens enxergam a escola técnica como a porta da frente do mercado de trabalho.

O problema está na dinâmica das empresas, explica o especialista em relação de trabalho, Arnaldo Nogueira. Gestores e administradores ainda sobem muito mais depressa do que quem executa funções técnicas.

“Mesmo as escolas técnicas de boa qualidade acabam formando técnicos que vão buscar o ensino superior porque quando chegam nas organizações, quem não têm ensino superior, é desvalorizado no mercado de trabalho”.

A falta de mão de obra qualificada não é um problema apenas do Brasil. Uma pesquisa feita em 39 países no começo desse ano mostrou que muitos enfrentam escassez de profissionais treinados.
O Brasil é o terceiro país no mundo com mais problemas em encontrar bons profissionais de nível, só perde para Índia e para o Japão. A principal explicação é inexperiência e a má qualificação dos candidatos.

Em seguida, vem a própria ausência deles no mercado. “Você tem que ter políticas de recursos humanos que valorizem os quadros técnicos e com clareza de modo a pessoa quando ingressa numa empresa, que tenha esse diferencial, ele perceba até onde pode chegar e aí ele avalia se vale a pena ou não”.

18 de maio de 2011

10 Características da Geração Y

A Geração Y são os jovens nascidos nas décadas de 80 e início de 90.

Esta época foi representada por inovações tecnológicas e quebra de tradicionais paradigmas familiares. Isso acabou por moldar as seguintes características.

“Tecnocriação”
Desde jovens foram expostos a tecnologia. Brinquedos, eletrodomésticos, celulares, etc… fizeram e ainda fazem parte de suas vidas e, portanto, são completamente familiarizados com estes aparelhos.

Sem Manual de Instruções
Tendem a dispensar o uso de manuais de instruções, ou utilizá-los em segundo caso. Os “apertadores de botão” dessa época costumam aprender o manuseio e funções das coisas com a boa e velha técnica da tentativa e erro, o mesmo é aplicado para descobertas e aprendizados.

Tudo pra Ontem
A necessidade de que tudo aconteça no menor espaço de tempo possível é uma das características mais visíveis, principalmente, pelos nascidos anteriormente a esta época (Geração X). A impaciência acaba, em muitas vezes, até mesmo prejudicando a Geração Y, sendo discriminada por outras gerações. Um estudo da consultoria americana Rainmaker Thinking revelou que 56% dos profissionais da Geração Y querem ser promovidos em um ano. Por tal, hoje em dia a expectativa de permanência destes inquietos em uma empresa é de um a quatro anos.

Idioma
Falam fluentemente a linguagem digital e, na falta de palavras para se expressarem, termos novos são criados como os verbos inexistentes Twittar, Googlar, Taguear, Bugar, entre outros. Sendo também, os criadores do “Internetês”.

O que Comem
Normalmente preferem comidas rápidas e fáceis de serem preparadas e consumidas, porém, isso não quer dizer que não estejam atentos à saúde ou cientes de que estão prejudicando-a.

Hierarquia Horizontal
Insubordinação é uma palavra forte e errônea a ser dedicada à Geração Y, mas infelizmente, é comumente utilizada para denominar as tentativas desses indivíduos de conquistar espaço e respeito perante uma organização, seja ela familiar ou corporativa. A necessidade de participar e se sentirem parte de um sistema, fazem com que eles se imponham e reivindiquem suas posições.

Qualidade de Vida
Talvez uma das particularidades mais admiráveis da Geração Y perante as anteriores Baby-Boomer e X, seja a contínua busca por uma vida prazerosa e agradável. A vida profissional e particular está é cada vez mais homogênea, impulsionadas e exercidas pela expectativa da auto realização. A pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP) realizada com cerca de 200 jovens de São Paulo, revelou que “99% dos nascidos entre 1980 e 1993 só se mantêm envolvidos em atividades que gostam, e 96% acreditam que o objetivo do trabalho é a realização pessoal”.

Devoradores de Informação
Também conhecidos como a “Geração Multitarefas”, são perfeitamente capazes de assimilar e consumir diversos tipos de informações simultaneamente. É fácil de encontrá-los ouvindo músicas, conversando em um messenger, conferindo seus  e-mails, interagindo com seus perfis nas redes sociais e ainda fazendo um relatório para o trabalho, tudo ao mesmo tempo.

Ego
São normalmente confiantes, gostam de ser desafiados e não se mantém realizando atividades que lhes pareçam “sem sentido”, por muito tempo. O respeito desta geração somente pode ser adquirido por meio de conquista e nunca por imposição, sendo assim, não respeitam autoridades e superiores simplesmente por seus títulos, mas sim por admiração e simpatia.

Voláteis
Profissionalmente, a Geração Y é conhecida por não possuir fidelidade com marcas, produtos/serviços e mesmo suas corporações. Ao se sentirem desconfortáveis, desvalorizados, desmotivados, ou simplesmente terem uma oportunidade mais atraente em vista, saem em busca de novas experiências, sem maiores dificuldades.

Fonte: www.awebrandomica.com.br

13 de maio de 2011

Motivos que levam a Demissão por Justa Causa


A demissão por justa causa deve ser aplicada pelo empregador imediatamente após o conhecimento e a apuração da falta grave cometida pelo empregado, sempre que esta puder ser capitulada em uma das modalidades previstas no artigo 482 da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho.


Porém, o poder do empregador tem limitações, pois a CLT protege o empregado das arbitrariedades que possam vir a acontecer por parte do patrão, que deverá estar atento à legislação pertinente, aplicando sanções justas, razoáveis e proporcionais à falta cometida pelo empregado, como, por exemplo, advertência; suspensão disciplinar; e por fim a demissão por justa causa.


A advogada trabalhista Crislaine Simões, do escritório Innocenti Advogados Associados, afirma que a demissão por justa causa está prevista para os casos em que o empregado descumpre alguma obrigação legal ou contratual. Segundo ela, as doze ocorrências que constituem justa causa para a rescisão do contrato de trabalho pelo empregador, de acordo com a lei, são:


a) ato de improbidade - furto ou roubo de materiais da empresa e falsificação de documentos, inclusive atestados médicos;


b) incontinência de conduta ou mau procedimento. A incontinência de conduta diz respeito a atos de natureza sexual, tais como exibir fotos de pessoas nuas aos colegas, assediar sexualmente colegas de trabalho etc. O mau procedimento inclui tudo o que seja incompatível com as regras sociais e internas, como usar veículo da empresa sem autorização ou deixar a empresa durante o horário de trabalho sem autorização;


c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado ou for prejudicial ao serviço. Ocorre quando o empregado usa o horário de trabalho para vender produtos aos colegas ou clientes da empresa, sem autorização de seu empregador;


d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;


e) desídia no desempenho das respectivas funções. É caracterizada por repetida preguiça, negligência ou má vontade na realização das tarefas;


f) embriaguez habitual ou em serviço;


g) violação de segredo da empresa - divulgação de marcas, patentes ou fórmulas do empregador, sem consentimento;


h) ato de indisciplina ou de insubordinação. A indisciplina é caracterizada por descumprimento de ordens gerais de serviços e a insubordinação tipifica o descumprimento de ordens pessoais do chefe imediato;


i) abandono de emprego. Ausentar-se do serviço por prazo de 30 dias, sem justificativa, pode ensejar a rescisão do contrato por justa causa, desde que o empregador comprove que o ato caracterizou intenção deliberada do empregado em deixar o serviço;


j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa ou ocorrência de ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;


k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;


l) prática constante de jogos de azar.
A advogada ressalta que em todos os casos compete ao empregador o poder de direção, ou seja, o poder de organizar suas atividades, como também controlar e disciplinar o trabalho, conforme a finalidade do empreendimento. “O empregador possui a faculdade de aplicar penalidades aos empregados que não cumprirem as obrigações previstas no contrato de trabalho, visando manter a ordem e a disciplina no local de trabalho”, afirma.


Na demissão por justa causa, o trabalhador com menos de um ano de empresa só tem direito ao saldo de salário e salário família. Se tiver mais de um ano, terá direito ao saldo de salário; férias vencidas, acrescidas do terço constitucional; e salário família.


A advogada explica que caso o empregado se recuse a receber a comunicação da dispensa, o empregador deverá ler ao empregado o teor da comunicação, na presença de duas testemunhas, colhendo a assinatura das mesmas em tal documento.


O pagamento das verbas rescisórias será através do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho – TRCT, devendo constar de forma especifica todas as verbas pagas. O prazo de pagamento vai até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, sob pena de multa no valor do salário do empregado.


“A dispensa por justa causa de empregado com mais de um ano de serviço, não dispensa a homologação no sindicato da categoria, bem como a realização de exame médico demissional”, diz Crislaine Simões.


Fonte: www.administradores.com.br

11 de maio de 2011

Rir e Refletir


As piadas do patrão 

O patrão deu uma festa para os funcionários. Durante a
festa, o patrão começou a contar piadas, absolutamente
sem graça, aos funcionários.
Todo mundo quase morria de rir, exceto um um rapaz, o
qual ficava calado. Depois da décima quinta piada e sem
que o rapaz modificasse seu semblante, o patrão
resolveu falar com ele:
- Porque tu não ri das minhas piadas iguais os outros,
por acaso não acha graça?
Então ele responde
- É que eu não trabalho na empresa.


Como dar uma má noticia...

No meio da madrugada o telefone toca.
-Alô, seu Carlos?Aqui e o Arnaldo,caseiro do seu sitio
-Pois não seu Arnaldo.Que posso fazer pelo senhor?Houve algum problema?
-Ah, eu só to ligando pra avisar pro sinhô que o seu papagaio morreu.
-Meu papagaio?Morreu?Aquele que ganhou o concurso?
-E,ele mesmo
-Poxa!Que desgraça!Gastei uma pequena fortuna com aquele bicho!Mas ele morreu de que?
-De comer carne estragada/
-Carne estragada?Quem fez essa maldade?Quem deu carne estragada pra ele?
-Ninguém.Ele comeu a de um dos cavalos mortos.
-Cavalo morto!Que cavalo morto,seu Arnaldo?
-Aqueles puros-sangues que o senhor tinha!Ele morreram de tanto puxar a carroça d'água!
-Ta loco?Que carroça d'água?
-para apagar o incêndio
-Mas que incêndio, meu Deus!
-Na sua casa!Uma vela caio,ai pegou fogo na cortina!
-Caramba, mas ai tem luz elétrica!!!!Que vela era essa?
-Do velório!
-QUE VELORIO
-Da sua mãe,ela apareceu aqui sem avisar e eu dei um tiro nela pensando que era um ladrão!

O colocador de carpetes

Ao terminar o serviço, o colocador de carpetes percebe
que o seu maço de cigarros desapareceu. Procura,
procura, procura... e nada...
De repente, ele olha para o chão e vê uma elevação se
sobressaindo no carpete recém colocado. Sem coragem
para retirar o carpete e refazer o serviço e irritado
com o próprio desleixo, martela a elevação até que ela
desapareça.
No instante seguinte, a dona da casa entra na sala,
entrega-lhe o maço de cigarros e diz:
- Acho que estes cigarros que estavam sobre a mesa
da cozinha são seus. A propósito, o senhor não viu o
meu hamster por aí?

Me desculpe

O empregado entrou na sala do patrão e, respeitosamente,
disse:
- Senhor Estevão, me desculpe, mas há três meses eu não
recebo meu salário!
O patrão olhou fixamente para o empregado, sorriu rápido e
disse:
- Está desculpado...

Fonte: www.piadas.com.br

6 de maio de 2011

Vantagens e desvantagens da mãe que trabalha fora

 Você quer ser uma grande profissional ou uma grande mãe? Há pessoas que afirmam que não dá para ser as duas coisas ao mesmo tempo. O fato de uma mulher trabalhar pressupõe que a educação de seus filhos sempre terá uma lacuna, algo que nenhuma avó, escola ou babá conseguirão suprir? Será que as mães que trabalham mantêm relacionamentos tão bons com seus filhos quanto as mães que estão em casa em período integral? Essas e outras dúvidas estão sempre presentes na vida de algumas mulheres. Mas, o que fazer?
"A partir da década de 60 a condição da mulher avançou bastante. Temos que ter muito jogo de cintura para lidar com essa situação. Ser maleável é requisito fundamental para as mulheres que querem ser uma boa mãe e ótima profissional", afirma Cristina Spera, gerente de conteúdo da empresa de Recursos Humanos Bumeran do Brasil. "Eu mesma tive que me readaptar quando nasceu minha filha. Eu estava com 24 anos, era recém-formada e optei por trabalhos com horários 'formais'. Meus sábados e domingos eram só para minha filha. Trabalhei muito como free lancer para que meu tempo com ela fosse maior", completa.
E o que dizem os psicólogos? Trabalho e filhos são incompatíveis? Madalena Ramos, psicóloga e coordenadora do Núcleo de Casal e Família da PUC-SP, diz que não se observam grandes diferenças entre crianças de mães que trabalham e das que ficam em casa, desde que a figura materna e paterna estejam presentes quando possível.
"Há pequenas deficiências nas duas situações. A mãe que trabalha pode se sentir meio constrangida em impor limites ao filho. Ela não quer estragar o pouco momento que passa com a criança, então deixa de lado as broncas na hora que elas deveriam e precisavam ser dadas. Mas a mãe que fica o dia inteiro em casa também pode 'falhar'. Ela é capaz de passar o dia inteiro num canto da casa e a criança no outro", completa a psicóloga. Ou seja, preze pela qualidade do tempo que você passa com seu filho. Às vezes, a quantidade não é a melhor opção. 


Informações que as mães precisam conhecer


• A decisão de trabalhar ou não vai de acordo com as necessidades familiares e segurança financeira. No entanto é bom saber que crianças cujas mães trabalham fora podem apresentar um desenvolvimento emocional tão bom quanto as outras.
• Os benefícios que a criança recebe quando a mãe trabalha incluem aumento de independência, maturidade e responsabilidade, além de aprender a confiar em outros adultos e a negociar melhor com igualdade.
• O ideal é que a mãe comece a trabalhar quatro meses após o parto, para recuperar-se fisicamente e para que se desenvolvam suas habilidades maternas.
• Os bebês preferem que o cuidado seja feito em sua própria casa, mas se for impossível, o ideal é deixar a criança com alguma pessoa próxima ou com babá. Se tiver que deixar em creche, é importante visitar o local e perceber como é seu funcionamento por, pelo menos, um turno.
• Muitas crianças não se adaptam a creches até completarem dois anos ou dois anos e meio de idade. Na escola também pode haver problemas de adaptação. A solução é ajudar a criança a se acostumar aos poucos e deixá-la com uma atitude alegre, que transmita segurança.
• Em caso de doença, é bom solicitar dispensa do trabalho por pelo menos um dia. A decisão de voltar à escola ou creche deve ser em como a criança está se sentindo. Pedir ajuda a familiares ou outra mãe conhecida pode ser necessário.
• Procure adequar sua carga horária aos momentos mais importantes da criança. Se for possível, tente trabalhar um pouco em sua casa.
• Quanto mais tempo de contato com o(a) filho(a) melhor. Por isso, aproveite os minutos no trajeto de ida e volta de onde você a deixar sob cuidados, além do tempo do café-da-manhã e antes de dormir.
• Não hesite em pedir ajuda. Por mais que você tenha vontade de participar o máximo da criação de seus filhos, é preciso a colaboração de outras pessoas, como o pai, os avós, tios(as) ou amigos(as). Sem boas noites de sono, nada parecerá estar bem. Por isso, cuide-se também de si mesma.

Fontes: mulher.terra.com.br / www.pucrs.br